Livro do Ano - Ficção

Engenheiro fantasma

Fabrício Corsaletti

Companhia das Letras

Ficção - 2023

Engenheiro fantasma

Neste inusitado e extremamente inventivo volume de poemas, Fabrício Corsaletti se imagina na pele de Bob Dylan numa suposta temporada passada na Argentina. Apaixonados, engraçados, melancólicos, filosóficos e delirantes, os 56 sonetos deste Engenheiro fantasma configuram uma experiência singular no panorama da poesia brasileira. Neles, Fabrício Corsaletti, veste a máscara de Bob Dylan e narra uma temporada de exílio voluntário que o genial letrista norte-americano teria supostamente vivido em Buenos Aires em algum período não-especificado deste século.

Também guardamos pedras aqui

Luiza Romão

Nós

Ficção - 2022

Também guardamos pedras aqui

As pedras de Luiza Romão têm a ver menos com as pedras no bolso de Virginia Woolf, e mais a ver com as pedras jogadas pelos palestinos em Sheikh Jarrah: um ato ao mesmo tempo concreto e simbólico, de autodefesa e resistência ao neocolonialismo. As pedras de Luiza têm mais a ver com a pedra de Drummond, a de João Cabral, a pedra das canções de protesto do Clã Nordestino, de Nina Simone, de Pete Seeger, de Barbara Dane e de Selda Bağcan. Com “também guardamos pedras aqui”, Luiza Romão consegue inserir momentos de afago e restauro existencial, sem perder uma perspectiva crítica. Isso, em 2021, é tudo que a gente quer: seguir nos aperfeiçoando...

Sagatrissuinorana

João Luiz Guimarães

Nelson Cruz

ÔZé Editora

Ficção - 2021

Sagatrissuinorana

O livro “Sagatrissuinorana” é uma homenagem a João Guimarães Rosa que reconta a fábula dos “Três Porquinhos”, mas tendo como pano de fundo o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho. O texto segue a sintaxe roseana, ao mesmo tempo em que não se furta a registrar criticamente duas das maiores tragédias socioambientais do país — e que tiveram as Minas Gerais como palco. Afinal, o que fazer quando a realidade parece superar a ficção? Diante do devastador tsunami de lama ainda haveria a possibilidade de se temer o lobo? O simbólico e o real medem suas forças neste livro tão potente, com um final aberto a inúmeras interpretações.

Solo para vialejo

Cida Pedrosa

Cepe Editora

Ficção - 2020

Solo para vialejo

A obra consegue chamar a atenção pelas repetições, sugerindo a urgência e desespero da voz poética em ser compreendida e, ao mesmo tempo, as distorções e agrupamentos das palavras expressando a dificuldade de dizer aquilo que se quer com exatidão, mas sempre difícil, sempre escorregadio, sempre inexato. A musicalidade do poema é um grande elemento de destaque, sobretudo quando se lê em voz alta. No entanto, toda a estrutura visual é igualmente importante e se afasta do pertencimento a uma “tradição” da poesia oral e performática à qual a poetisa Cida Pedrosa se vinculava.

à cidade

Mailson Furtado Viana

Obra Independente

Ficção - 2018

à cidade

Com elementos geográficos, históricos, sociológicos, políticos, físicos, metafísicos, folcloristas, genealógicos, à cidade é um poema que vem apresentar de forma contemporânea uma visão de uma cidade do sertão, com plano de fundo para aquelas banhadas ou mudadas indiretamente pelo caminhar do Rio Acaraú na Zona Norte do estado cearense. No poema, a cidade se constrói, se destrói, se remonta, se inventa e reinventa e ganha inúmeras significações do que pode ser.

Machado

Silviano Santiago

Companhia das Letras*

Ficção - 2017

Machado

Rio de Janeiro, começo do século XX. Machado de Assis sofre fortes dores e crises nervosas enquanto testemunha a modernização da antiga cidade do Rio de Janeiro. Mário de Alencar, filho de José de Alencar, o presidente da Academia Brasileira de Letras encontrará um precioso interlocutor, que também sofre terríveis crises nervosas e o encaminhará ao dr. Miguel Couto. Qual relação entre as convulsões de Machado e sua genial criação?

A Resistência

Julián Fuks

Companhia das Letras*

Ficção - 2016

A Resistência

Uma expedição pessoal ao passado - político e emocional - de uma família latino-americana às voltas com uma feroz ditadura e com a agridoce experiência do exílio. "Meu irmão é adotado, mas não posso e não quero dizer que meu irmão é adotado", anuncia, logo no início, o narrador deste romance. O leitor se descobre de partida imerso numa memória pessoal que se revela também social e política. Do drama de um país, a Argentina a partir do golpe de 1976, desenvolve-se a história de uma família, num retrato denso e emocionante.

Quarenta Dias

Maria Valéria Rezende

Editora Objetiva

Ficção - 2015

Quarenta Dias

"Quarenta dias no deserto, quarenta anos." É o que escreve Alice, a narradora de Quarenta dias, ao anotar num caderno escolar pautado seu mergulho gradual em dias de desespero, perdida numa periferia empobrecida que ela não conhece, à procura de um rapaz que ela não sabe ao certo se existe. Alice é uma professora aposentada, que mantinha uma vida pacata em João Pessoa até ser obrigada pela filha a deixar tudo para trás e se mudar para Porto Alegre.

Breve História de um Pequeno Amor

Marina Colasanti

Ftd Educação

Ficção - 2014

Breve História de um Pequeno Amor

Uma escritora encontra um ninho com dois filhotes de pombo. Por meio de uma prosa poética, o leitor compartilha as hesitações e os sucessos de uma história de crescimento e desenvolvimento. Como o próprio nome da obra diz, esta é uma história de amor, mas também de ciúme, aflição, paciência, saudade, preocupação, orgulho.

Diálogos Impossíveis

Luis Fernando Verissimo

Editora Objetiva

Ficção - 2013

Diálogos Impossíveis

Drácula e Batman discutem no asilo. Robespierre tenta subornar o carrasco. Goya e Picasso conversam sob o sol da Côte d’Azur. Juvenal planeja matar a mulher, Marinei, que o despreza. A recém-casada Heleninha pede conselhos ao urso de pelúcia.Qual um existencialista dotado de senso de humor, Verissimo persegue em suas crônicas o absurdo que marca a existência humana – salvo engano, a única que se preocupa com o seu propósito, o seu término e se alguém está falando demais na hora do pôquer.

Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda

Miriam Leitão

Distribuidora Record

Ficção - 2012

Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda

A longa luta de um povo por sua moeda, de Miriam Leitão, é um livro definitivo sobre a história econômica recente do país. Misturando análise econômica com histórias individuais de brasileiros e brasileiras, Miriam traça a trajetória da moeda no Brasil desde a hiperinflação, passando por variadas indexações, congelamentos, confisco de poupança, planos econômicos diversos. E mostra como a busca pela estabilidade monetária tornou-se elemento fundamental na construção de um caráter nacional.

A mocinha do Mercado Central

Stella Maris Rezende

Globo Livros

Ficção - 2012

A mocinha do Mercado Central

A mocinha do Mercado Central tem a peculiaridade de se situar entre o romance, que narra o desenvolvimento de um protagonista, e uma sequência de contos que se desenrolam em diferentes cidades por onde ela passa. A obra fala da vida em uma fase de transformações, cheia de descobertas e desafios. Fala, em síntese, do desejo de liberdade que só é alcançado com a coragem de se reinventar a cada nova relação.

Em Alguma Parte Alguma

Ferreira Gullar

José Olympio Editora

Ficção - 2011

Em Alguma Parte Alguma

Após onze anos da publicação de seu último livro de poesia - Muitas vozes, o escritor já tão consagrado pela crítica e pelos leitores entrega ao público, agora em 2010, Em alguma parte alguma que dá prosseguimento à reflexão poética sobre a existência. Nestes últimos anos, Ferreira Gullar teve sua obra destacada por grandes premiações como o Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, e, este ano, o Camões, a mais alta distinção concedida a escritores de língua portuguesa. O poeta comemora em setembro os seus 80 anos de vida com inúmeras homenagens.

Leite Derramado

Chico Buarque de Hollanda

Companhia das Letras*

Ficção - 2010

Leite Derramado

O texto é construído de maneira primorosa, no plano narrativo como no plano do estilo. A fala desarticulada do ancião, ao mesmo tempo que preenche uma função de verossimilhança, cria dúvidas e suspenses que prendem o leitor. O discurso da personagem parece espontâneo, mas o escritor domina com mão firme as associações livres, as falsidades e os não-ditos, de modo que o leitor pode ler nas entrelinhas, partilhando a ironia do autor, verdades que a personagem não consegue enfrentar.

Manual da Paixão Solitária

Moacyr Scliar

Companhia das Letras*

Ficção - 2009

Manual da Paixão Solitária

Uma intriga passional que mostra quatro homens e uma mulher às voltas com costumes ancestrais que até hoje governam boa parte da população de nosso mundo e que são fonte de conflitos e tragédias. O primeiro filho de Judá, Er, casa-se com Tamar.Como não a engravida, é castigado por Deus com a morte. De acordo com a tradição, compete ao segundo filho, Onan, assumir o papel do falecido; Onan se recusa a cumprir sua missão por considerá-la humilhante, optando por derramar seu sêmen sobre a terra para que a esposa não conceba herdeiros

O Menino que Vendia Palavras

Ignácio de Loyola Brandão

Objetiva

Ficção - 2008

O Menino que Vendia Palavras

O protagonista deste livro é um menino que tem muito orgulho de seu pai, um homem culto, inteligente e que conhece as palavras como ninguém. Se os amigos do menino querem saber o significado de alguma palavra, é ao pai dele que sempre recorrem. Quer saber o que é epitélio? Alforje? Lunático? Ele sempre tem uma resposta. A curiosidade dos amigos é tão grande que o menino logo percebe: e se começasse a negociar o significado das palavras? Gorgolão? Vale uma fotografia de um navio de guerra. Enfado? Um sorvete de picolé, trazido pelo dono da sorveteria. Pantomima? Um chiclete. E assim começa seu “negocinho” no bairro, escondido do pai, é claro.

Resmungos

Ferreira Gullar

Imprensa Oficial do Estado de São Paulo

Ficção - 2007

Resmungos

O livro foi organizado em 4 blocos, nos quais a reedição das crônicas ganhou nova leitura por estarem situadas em configurações pensadas pelo próprio autor e editor: Idéias, Evocações, Temas Sociais e Política. Fora da ordem cronológica original e enfeixada nesses núcleos, com ritmos propostos pelas ilustrações, as quais, também são originais, pois não se limitam à área restrita e regular que o jornal lhes destinava, elas invadem as páginas do livro e detalhes são aproximados ao foco do leitor.

Cinzas do Norte

Milton Hatoum

Companhia das Letras*

Ficção - 2006

Cinzas do Norte

Cinzas do Norte , terceiro romance de Milton Hatoum, é o relato de uma longa revolta e do esforço de compreendê-la. Na Manaus dos anos 1950 e 1960, dois meninos travam uma amizade que atravessará toda a vida. De um lado, Olavo, de apelido Lavo, o narrador, menino órfão, criado por dois tios mal-e-mal remediados, que cresce à sombra da família Mattoso; de outro, Raimundo Mattoso, ou Mundo, filho de Alícia, mãe jovem e mercurial, e do aristocrático Trajano.

Vozes do Deserto

Nélida Piñon

Record

Ficção - 2005

Vozes do Deserto

Vozes do Deserto faz mais que recriar a história de Scherezade: mostra o papel que uma mulher transgressora pode desempenhar em uma sociedade patriarcal. Através de uma narrativa envolvente e irretocável, Nélida acompanha a história da jovem Scherezede, a jovem mais brilhante da corte, que, para salvar as jovens do reino das garras do poderoso Califa, decide casar-se com ele. Filha do Vizir, que devia servidão ao poderoso monarca, ela não acredita que o poder do Califa possa determinar o fim de sua imaginação

Budapeste

Chico Buarque de Hollanda

Companhia das Letras*

Ficção - 2004

Budapeste

Ao concluir a autobiografia romanceada O ginógrafo , a pedido de um bizarro executivo alemão que fez carreira no Rio de Janeiro, José Costa, um ghost-writer de talento fora do comum, se vê diante de um impasse criativo e existencial. Escriba exímio, "gênio", nas palavras do sócio, que o explora na "agência cultural" que dividem em Copacabana, Costa, meio sem querer, de mera escrita sob encomenda passa a praticar "alta literatura". Também meio sem querer, vai parar em Budapeste, onde buscará a redenção no idioma húngaro, "segundo as más línguas, a única língua que o diabo respeita".

Bichos que existem & Bichos que não existem

Arthur Nestrovski

Cosac Naify

Ficção - 2003

Bichos que existem & Bichos que não existem

O mundo está cheio de bichos que existem e bichos que não existem. Tem bicho que existe e a gente não acredita. Tem outros que a gente não acredita que existam. No final das contas, não há tanta diferença entre um bicho que existe e um bicho que não existe. Todos os bichos existem- nas palavras dos livros e na cabeça da gente.

O Fazedor de Amanhecer

Manoel de Barros

Moderna

Ficção - 2002

O Fazedor de Amanhecer

ste livro de poesias é o resultado da união de dois artistas ''maluquinhos''; o poeta Manoel de Barros e o desenhista Ziraldo. O autor conta como descobriu o amor e revela seus últimos inventos, entre eles ''uma manivela para pegar no sono'' e ''um fazedor de amanhecer para usamentos de poetas''.

Invenção e Memória

Lygia Fagundes Telles

Rocco

Ficção - 2001

Invenção e Memória

Um baile de faculdade em São Paulo quase no final da Segunda Guerra Mundial; um galo que se deixa morrer de fome depois que seu amigo peru é sacrificado para uma ceia; as relações equívocas entre um velho e um garoto vistos num restaurante; um vampiro norueguês que atravessa os séculos em busca de sua amada, uma índia brasileira. Essas são algumas das histórias narradas neste livro, em que a autora entrelaça as potências da memória e da invenção.

À Sombra do Cipreste

Menalton Braff

Palavra Mágica

Ficção - 2000

À Sombra do Cipreste

“Não tenham dúvida os leitores: estamos diante de um notável contista. Provam-no as histórias deste À sombra do cipreste. O que temos aqui é o conto em sua melhor expressão.” - Moacyr Scliar.

Cabra-Cega

Carlos Nascimento Silva

Relume Dumará

Ficção - 1999

Cabra-Cega

Instigante romance que começa em 1964 com o envolvimento involuntario de quatro pessoas na morte de uma jovem no interior dos Estados Unidos. Estas personagens, que vivem em lugares diferentes do mundo e que estão ligadas extra-sensorialmente, simbolizam toda uma geração que viu o mundo aproximar-se da virada do milenio entre promessas e decepções. Como no jogo das crianças, eles fazem o papel da cabra cega, so que neste livro a venda que tapa os seus olhos chama-se informação, ou algo como uma luz que quanto mais ilumina menos deixa ver.

A Casa do Poeta Trágico

Carlos Heitor Cony

Companhia das Letras*

Ficção - 1998

A Casa do Poeta Trágico

Um profissional de publicidade embarca, a trabalho, num cruzeiro pelo Mediterrâneo. Não gosta do que encontra à sua volta, despreza os passageiros e a rotina a bordo extremamente banais e monótonos. Na véspera do término da viagem, inicia uma perseguição silenciosa a uma jovem calada e solitária, 30 anos mais moça do que ele. Repara nela por acaso e não mais se liberta do enigma que é mais dele do que dela.

Um Passarinho me Contou

José Paulo Paes

Editora Ática S.A

Ficção - 1997

Um Passarinho me Contou

'Passarinho me contou' é a história de um rei que acreditava viver no paraíso, até que um dia alguém lhe conta sobre um problema que existia no seu reino. Surpreso, o rei deseja combatê-lo, mas só após o encontro com duas crianças, João e Maria, ele descobre que o problema estava nas próprias pessoas.

Quase Memória

Carlos Heitor Cony

Companhia das Letras*

Ficção - 1996

Quase Memória

Quase memória' explora o território entre a ficção e a memória a partir das reminiscências do autor sobre o pai morto. Nele, Cony mapeia a relação pai e filho - os sentimentos contraditórios, as alegrias e tristezas que não se esquecem, o afeto incondicional e, acima de tudo, a cumplicidade.

O Chalaça

José Roberto Torero

Companhia das Letras*

Ficção - 1995

O Chalaça

O romance contém as supostas memórias do conselheiro Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, fiel secretário particular de D. Pedro I, personagem que viveu os mais importantes fatos do nascente Império brasileiro. Torero recria brilhantemente - e com humor implacável - a vida deste que teria sido um dos mais importantes auxiliares de Pedro I, não só na política, como em seu dia-a-dia - era sua atribuição, por exemplo, intermediar os encontros do Imperador com as filhas de Eva.

Aqueles Cães Malditos de Arquelau

Isaías Pessotti

Editora 34

Ficção - 1994

Aqueles Cães Malditos de Arquelau

Neste aclamado romance de estréia de Isaias Pessotti, um grupo de pesquisadores descobre na Itália dos anos 60 um texto sobre Eurípedes escrito pelo misterioso Bispo Vermelho, um homem, como eles, apaixonado pela arte e pelos livros.

Memorial de Maria Moura

Raquel de Queiroz

Siciliano

Ficção - 1993

Memorial de Maria Moura

'Memorial de Maria Moura' é ambientado no sertão no início do século XIX e narra a história da guerreira Maria Moura, jovem corajosa que transforma-se na líder de um bando de homens armados.

Estorvo

Chico Buarque de Hollanda

Companhia das Letras*

Ficção - 1992

Estorvo

A campainha insiste, o olho mágico altera o rosto atrás da porta e o narrador inicia uma trajetória obsessiva, pela qual depara com situações e personagens estranhamente familiares. Narrado em primeira pessoa, 'Estorvo' procura se manter no limite entre o sonho e a vigília, projeções de um desespero subjetivo e crônica do cotidiano.

Collapsus Linguae

Carlito Azevedo

Editora Lynx

Ficção - 1992

Collapsus Linguae

Obra reeditada de Carlito Azevedo, explora as várias possibilidades da lírica contemporânea, reúne de textos curtíssimos, epigramas, até textos de maior fôlego como 'Nova Passante'.

Joias de Família

Zulmira Ribeiro Tavares

Brasiliense

Ficção - 1991

Joias de Família

Maria Bráulia Munhoz vive sozinha em seu apartamento no Itaim Bibi. Viúva, ela já foi casada com o juiz Munhoz, um homem bem mais velho e desarmantemente respeitador. Hoje quem lhe faz companhia é Maria Preta, a empregada que 'é como se fosse da família', além do sobrinho Julião Munhoz, seu secretário oficioso. Dona Brau, como é chamada pelos íntimos, relembra com ironia e certo sarcasmo os detalhes de seu casamento.